segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Curiosidades sobre os índios

Alunas fazendo suas anotações
Divididos em grupos, os alunos escreveram algumas curiosidades que descobriram após a conversa com o artista plástico Walde-Mar de Andrade e Silva.
Grupo: Izabella, Olívia, Pedro S. E Lucas
“Algumas aldeias tem flautas que os índios acreditam que trazem má sorte para a aldeia se uma mulher ver.”
“As crianças fazem um ritual para perder a covardia, põe a mão no formigueiro e na casa de marimbondo.”
Grupo: Maria Júlia P., Rafael L. e Matheus
“O museu do índio é incrível. Nós aprendemos muitas coisas. Descobrimos que o Walde-Mar conhece um dos irmãos, “Vilas Boas, o Orlando”. Walder-Mar pintava quadros de índios, por isso, Orlando gostou do trabalho e deu uma viagem para ele ver os índios no Alto do Xingu.”
“As crianças não apanhavam dos pais, os índios não tem carros, mas tem motos e bicicletas, agora eles têm geradores, mas antigamente não existia eletricidade nas aldeias. Quando o sol está bem quente, os índios ficam nos rios para se refrescar.”
Grupo: João Vitor, Gabriela K. e Gabriel R.
“Os índios podem casar com mulheres de outras tribos.”
“Para os meninos virarem homens, eles precisam botar a mão no formigueiro ou bater em uma colméia.”
Grupo: Bia, Pedro Z. e Júlia J.
“Os índios gostam tanto dos animais que eles os tratam como se eles fossem irmãos.”
“Os índios não fazem xixi no rio porque suja a água, e eles bebem essa água e podem passar mal.”
“Você sabia? Amigo em Karibe é íatô.”
“As crianças aprendem com a natureza, tipo: se ela por a mão no fogo, ela aprende que pode se queimar.”
Grupo: Alexandre, João Pedro, Laura, Maria Fernanda
“Os índios usam adornos em rituais tristes e felizes.”
“Os índios dividem tudo: árvores e rios, e também aproveitam tudo da natureza.”
“A mandioca é o alimento mais importante para os índios.”
“Os índios colocam chá de ervas em quem está doente.”
Grupo: Gabriel B., Malu e Pedro Henrique
“Os índios aprendem mais com a natureza”
“Eles só conhecem a eletricidade pelo peixe elétrico.”

Curiosidades » Os Índios do Brasil

Na época do descobrimento do Brasil, em 1500, estudiosos estimam que existiam cerca de 1 a 10 milhões de índios em nosso país. Após períodos de conflitos seja por escravização, catequização ou por desrespeito e interesses pelas terras, essa população foi reduzida ao que hoje atestam os antropólogos: cerca de 300.000 índios.
Os grupos indígenas mais numerosos eram o Jê e o Tupi-Guarani. 
Por um lado, a situação do indígena no país parece ter melhorado nas ultimas décadas. A população indígena vem aumentando, a delimitação das reservas indígenas está contribuindo para tal aumento, assim como o aprendizado de novas técnicas e cuidados para melhorar as condições de sobrevivência. Por outro lado muitas tribos foram extintas e algumas ainda correm esse perigo. 
Na atualidade as tribos indígenas estão concentradas em maior número nas regiões Norte e Centro-Oeste. 
Alguns fatores que contribuiram para a redução da população de índios do Brasil, além dos já mencionados anteriormente, foram: 
- Doenças e epidemias trazidas pelo homem branco
- A exploração de terras indevidamente e construção de estradas, para exploração de recursos minerais passando muitas vezes por dentro de tribos e limitando os índios a áreas determinadas. Muitas tribos eram nômades, ou seja, devido a mudanças nas condições de vida local, inclusive o clima, eles migravam para um lugar que oferecesse melhores condições de subsistência.Com a colonização do país cada vez foi ficando mais restrita as áreas em que poderiam se deslocar com segurança. 
- Grande influência da cultura do homem branco, o que afetou muitas vezes as tradições culturais dos povos indígenas e com isso sua auto-estima. 
- O garimpo próximo a terras indígenas também influencia negativamente a vida da aldeia. 
Muito da cultura indígena está tão inserida na nossa cultura que muitas vezes não nos damos conta. Comidas, lendas, artesanato, utensílios são algumas das coisas que herdamos desses povos. Mas há também as tradições típicas de cada tribo como: cantos, língua, crenças, danças que devem ser por nós respeitadas para que eles possam sempre manter viva suas tradições. 
A população indígena tem hoje, leis que os amparam e lhes garante terra demarcada. Porém, não podemos nos lembrar dos índios somente em datas festivas, eles fazem parte da população brasileira, seus direitos são inúmeros e devem ser respeitados. No passado muitas vezes foram tratados como animais, uma vez que os colonizadores tomaram conta do país como se fosse uma terra sem dono, inabitada. Tomara que nós estejamos livres de sermos tratados da mesma forma, pois, gerras, genocídios e desrespeito são constantes no mundo atual. 
Temos muito a aprender com os índios. Eles celebram a vida. 
Respeitam os mais velhos, as crianças, as mulheres, os homens. Eles respeitam a natureza e zelam por ela. Afinal como disse Exupérry, no livro “O Pequeno Príncipe” : “ Quem ama cuida!” 
Para mudarmos o mundo temos que começar a mudança dentro de nós. Refletir sobre alguns assuntos, sobre a nossa forma de agir é um começo. Respeitar o próximo é um caminho. 
Que o dia do índio seja um dia para lembrarmos do passado e construirmos um presente e um futuro melhor e digno para todos nós. Fica aqui o nosso apelo para que possamos ajudar, respeitar, gostar e conhecer parte da nossa história : os índios do Brasil. 

sábado, 23 de outubro de 2010

inddios



Ao chegarem ao Brasil, os portugueses encontraram um território povoado. Seus habitantes, porém, desconheciam a escrita e não deixaram documentos sobre o próprio passado. O conhecimento que temos sobre os índios brasileiros do século 16 baseia-se principalmente em relatos e descrições dos viajantes europeus que aqui estiveram, na época. Particularmente, os livros do alemão Hans Staden e do francês Jean de Lery, que conviveram com os índios por volta de 1550.

Os dois apresentam detalhadamente o modo de vida indígena, relacionando aspectos que vão dos mais triviais, como as vestes e adornos, aos mais complexos, como as crenças religiosas. Sobre as épocas anteriores à chegada dos portugueses, os estudos históricos contam com a contribuição da antropologia e da arqueologia, que permitiram traçar um panorama abrangente, apesar da existência de lacunas.

O povoamento da América do Sul teve início por volta de 20.000 a.C., segundo a maioria dos pesquisadores. Existem indícios de seres humanos no Brasil datados de 16.000 a.C., de 14.200 a.C. e de 12.770 a.C., encontrados nas escavações arqueológicas de Lagoa Santa (MG), Rio Claro (SP) e Ibicuí (RS). A dispersão da espécie por todo o território nacional aconteceu em cerca de 9000 a.C., quando o número de homens aumentou muito.




reprodução
Quadro de Albert Eckhout (Séc. 17) tematiza dança indígena



Tupis e guaranis

Ao longo desse processo, teria ocorrido a diferenciação lingüística e social que deu origem aos troncos indígenas Macro-Jê e Macro-Tupi. Deste último, entre os séculos 8 e 9, originaram-se as nações Tupi e Guarani. São as que mais se destacam nos últimos 500 anos da História do Brasil, justamente porque tiveram um contato mais próximo com o homem branco.

Na chegada de Pedro Álvares Cabral, em 1500, estima-se que os índios brasileiros fossem entre um e cinco milhões. Os tupis ocupavam a região costeira que se estende do Ceará a Cananéia (SP). Os guaranis espalhavam-se pelo litoral Sul do país e a zona do interior, na bacia dos rios Paraná e Paraguai. Em outras regiões, encontravam-se outras tribos, genericamente chamados de tapuias, palavra tupi que designa os índios que falam outra língua.

Apesar da divisão geográfica, as sociedades tupis e guaranis eram bastante semelhantes entre si, nos aspectos lingüísticos e culturais. Os grupos se formavam e se mantinham unidos principalmente pelos laços de parentesco, que também articulavam o relacionamento desses mesmos grupos entre si. Agrupamentos menores, as aldeias ligavam-se através do parentesco com unidades maiores, as tribos.

Modo de vida dos índios

Os índios sobreviviam da caça, da pesca, do extrativismo e da agricultura. Nem esta última, porém, servia para ligá-los permanentemente a um único território. Fixavam-se nos vales de rios navegáveis, onde existissem terras férteis. Permaneciam num lugar por cerca de quatro anos. Depois de esgotados os recursos naturais do local, migravam para outra região, num regime semi-sedentário.

Suas tabas (aldeias) abrigavam entre 600 e 700 habitantes. Levando em conta as possibilidades de abastecimento e as condições de segurança da área, um conselho de chefes determinava o local onde eram erguidas. As aldeias eram formadas por ocas (cabanas), habitações coletivas que apresentavam formas e dimensões variadas. Em geral, as ocas eram retangulares, com o comprimento variando entre 40 m e 160 m e a largura entre 10 m e 16 m. Abrigavam entre 85 e 140 moradores. Suas paredes eram de madeira trançada com cipó e recobertas com sapé desde a cobertura.

As várias aldeias se ligavam entre si através de trilhas, que uniam também o litoral ao interior. Algumas eram muito extensas como a do Peabiru, que unia a região da atual Assunção, no Paraguai, com o planalto de Piratininga, onde se situa a cidade de São Paulo. Descobrimentos arqueológicos confirmam contatos entre os tupis-guaranis e os incas do Peru: objetos de cobre dos Andes foram desenterrados em escavações, no Rio Grande do Sul e no Estado de São Paulo.

Alimentação: mandioca, peixe e mariscos

A alimentação dos índios do Brasil se compunha basicamente de farinha de mandioca, peixe, mariscos e carne. Conheciam-se os temperos e a fermentação de bebidas alcoólicas. Com as fibras nativas dos campos e florestas, fabricavam-se cordas, cestos, peneiras, esteiras, redes, abanos de fogo; moldavam-se em barro diversos tipos de potes, vasos e urnas funerárias, pois enterravam seus mortos.

Na taba, vigorava a divisão sexual do trabalho. Aos homens cabiam as tarefas de esforço intenso, como o preparo da terra para o cultivo, a construção das ocas e a caça. Além destas, havia a atividade que consideravam mais gloriosa - a guerra. As mulheres, além do trabalho natural de dar a luz e cuidar das crianças, semeavam, colhiam, modelavam, teciam, faziam bebidas e cozinhavam.

Os casamentos serviam para estabelecer alianças entre aldeias e reforçar os laços de parentesco. A importância da família se contava pelo número de seus homens. As grandes famílias tinham um líder e as aldeias tinham um chefe, o morubixaba. Em torno dele, reunia-se um conselho da taba, formado pelos líderes e o pajé ou xamã, que desempenhava um papel mágico e religioso. As crenças religiosas dos índios possuíam papel ativo na vida da tribo. Praticavam-se diversos rituais mágico-sagrados, relacionados ao plantio, à caça, à guerra, ao casamento, ao luto e à antropofagia.

Antropofagia (canibalismo) e vida após a morte

Basicamente, os tupi-guaranis acreditavam em duas entidades supremas - Monan e Maíra - identificados com a origem do universo. Ao lado das divindades criadoras, figurava também uma entidade - Tupã - associada à destruição do mundo, que os índios consideravam inevitável no futuro, além de ter ocorrido em passado remoto. Acreditavam também na vida após a morte, quando o espírito do morto iniciava uma viagem para o Guajupiá, um paraíso onde se encontraria com seus ancestrais e viveria eternamente. A prática da antropofagia talvez estivesse especialmente ligada a essa viagem sobrenatural, sendo uma espécie de ritual preparatório para ela, segundo alguns estudiosos.

Para outros, o ritual antropofágico servia para reverenciar os espíritos dos antepassados e vingar os membros da aldeia mortos em combate. Após as batalhas contra tribos inimigas, a antropofagia tinha caráter apoteótico, mobilizando todos os membros da aldeia numa sucessão de danças e encenações que terminavam com a matança de prisioneiros e o devoramento de seus corpos.



reprodução
Ritual antropofágico em gravura do século 16


Na organização política de uma aldeia, destacava-se a figura do chefe, o morubixaba, mas este só exercia efetivamente o poder em tempos de guerra. Ainda assim não podia impor a sua vontade, devendo convencer um conselho da aldeia, por meio de discursos. A guerra era uma atividade epidêmica. Acontecia por razões materiais, como conquistar terras privilegiadas; morais e sentimentais, como a vingança da morte de parentes ou amigos por grupos adversários; ou ainda religiosas, vinculadas à antropofagia.

Povos guerreiros

O caráter beligerante das sociedades indígenas brasileiras desmentem a versão da história segundo a qual os índios se limitaram a assistir à ocupação da terra pelos europeus, sofrendo os efeitos da colonização passivamente. Ao contrário, nos limites das suas possibilidades resistiram à ocupação territorial, lutando bravamente por sua segurança e liberdade. Entretanto, o contato inicial entre índios e brancos não chegou a ser predominantemente conflituoso. Como os europeus estivessem em pequeno número, podiam ser incorporados à vida social do índio, sem afetar a unidade e a autonomia das sociedades tribais.

Isso favoreceu o intercâmbio comercial pacífico, as trocas de produtos entre os brancos e os índios, principalmente enquanto os interesses dos europeus se limitaram ao extrativismo do pau-brasil. Em geral, nas três primeiras décadas de colonização, os brancos se incorporavam às aldeias, totalmente sujeitos à vontade dos nativos. Mesmo em suas feitorias, os europeus dependiam de articular alianças com os indígenas, para garantir a alimentação e segurança.

Posteriormente, quando o processo de colonização promoveu a substituição do extrativismo pela agricultura como principal atividade econômica, o padrão de convivência entre os dois grupos raciais sofreu uma profunda alteração: o índio passou a ser encarado pelo branco como um obstáculo à posse da terra e uma fonte de mão-de-obra barata. A necessidade de terras e de trabalhadores para a lavoura levaram os portugueses a promover a expulsão dos índios de seu território, assim como a sua escravização. Assim, a nova sociedade que se erguia no Brasil impunha ao índio uma posição subordinada e dependente.

Confederação dos tamoios

Contra essa ordem, a reação indígena assumiu muitas vezes caráter violento, como a guerra dos Tamoios, que se estendeu por três anos, a partir de 1560. Incentivados por invasores franceses estabelecidos na Baía da Guanabara, vários grupos desses índios uniram-se numa confederação para enfrentar os portugueses, ao longo do litoral entre os atuais estados do Rio de Janeiro e São Paulo. A atuação dos jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta resultou num acordo de paz, realizado em Iperoígue, uma aldeia situada onde hoje se localizam os municípios paulistas de São Sebastião e Ubatuba.

Outra possibilidade de reação indígena ao avanço português era a submissão, assumida sob a condição de "aliados" ou escravos. Essa forma de convivência "pacífica" foi obtida particularmente graças ao trabalho dos padres missionários que, promovendo a cristianização dos índios, combatiam sua cultura e tradições religiosas, além de redistribuí-los territorialmente, em geral de acordo com os interesses dos colonizadores.

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esde a pré-história o homem está intimamente ligado a natureza e seus 
elementos, sendo este fator preponderante para sua sobrevivência.
O homem primitivo usava elementos da natureza como gravetos, pedras para fazer armas, fogueiras e utensílios mas, observando os animais, viu que estes alimentavam-se de certos vegetais e, ao imitá-los, descobriram que certas plantas alimentavam, outras serviam para curar enfermidades e outras ainda, eram tóxicas provocando males.

Mais tarde, observou que o caroço dos frutos que comiam, quando jogados fora, depois de certo tempo germinava criando espécies iguais as que eles usavam. Aí então, começaram a selecionar e cultivarplantas.

Com o passar dos tempos o homem criou inúmeros fatores que o distanciaram da natureza, modificando significativamente sua qualidade de vida.

Com isso, o homem vem através dos tempos, desde o surgimento dos jardins da antigüidade, tentando resgatar o contato com a natureza e seus elementos.



Hoje, o Paisagismo surge como necessidade fundamental á existência do homem nos centros urbanos, servindo para atenuar problemas da vida moderna e proporcionar equilíbrio ao ecossistema criado, conseqüências advindas de suas interferências que geraram imensas áreas construídas, pavimentadas, industrializadas, etc.

O Paisagismo é a arte de planejar a paisagem, tentando reproduzir a paisagem natural proporcionando melhoria na qualidade de vida do homem e da sociedade.

O Paisagismo é aplicado a espaços externos e internos. Como exemplo de espaços, temos: terrenos urbanos residenciais, ruas, praças, parques, conjuntos habitacionais, estradas, áreas degradadas (represas, pedreiras, áreas de mineração, etc.).

Ao longo da história, os jardins passaram por uma complexa evolução até atingirem a concepção atual do espaço verde funcional.

Ao aliar conhecimentos científicos de botânica, variações climáticas, estilos arquitetônicos, agricultura, arte e vários outros fatores (equilíbrio de cores, formas, texturas, etc.) pretende-se resultar num projeto harmônico, utilizando-se de plantas adequadas a cada área, que além de ornamentais sejam compatíveis com o clima, solo e lugar onde será implantado o jardim. Por menor ou mais simples que seja um jardim bem elaborado valoriza a residência. 

Ainda há o entendimento que o paisagista só deve ser chamado na hora do plantio, não é isso o que deve ser feito. O paisagista elabora toda a parte externa da edificação, desenhando pisos, piscina, churrasqueira, fontes, pérgulas, escolhendo equipamentos, estabelecendo circulações e é claro, escolhendo espécies vegetais com: cores, texturas, perfumes, formas escultóricas.
Escolhe mobiliários, adornos, enfim tudo para satisfazer quem vai usufruir o espaço.

O jardim deve ser um lugar de contemplação, aconchegante, agradável esteticamente aonde às pessoas e a natureza convivam em harmonia.
A integração do Paisagismo com a arquitetura é fundamental também em um projeto, por isso o profissional de paisagismo deve trabalhar desde o princípio da obra em conjunto com o arquiteto.

Quando se elabora um jardim deve-se pensar nas expectativas e sonhos dos usuários e também nas necessidades de quem vai usar o espaço. Em obras públicas devemos ver qual será o uso do espaço, faixas etárias dos usuários, nunca se esquecendo dos portadores de necessidades especiais.